BC aposta em cooperativas para democratizar acesso ao dinheiro

As cooperativas de crédito são a aposta do Banco Central (BC) para democratizar o acesso da população ao dinheiro em espécie e aumentar a competitividade do sistema financeiro. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, as cooperativas caminharam na direção oposta dos bancos e, mesmo em meio ao período de pandemia, abriram diversas agências de atendimento presencial pelo Brasil.

Em 2020, os cinco maiores bancos do país fecharam, juntos, cerca de 1.500 agências. Enquanto isso, as duas maiores cooperativas, Sicoob e Sicredi, abriram mais de 340 postos de atendimento presencial. Esse aumento tem o apoio do BC, que tem como meta ampliar em 20% a participação das cooperativas no crédito do Sistema Financeiro Nacional até 2022.

A expansão das atividades das cooperativas por todos os cantos do país, favorece o acesso aos serviços financeiros, visto que muitas regiões dependem de transações realizadas com dinheiro em espécie e cheques, outras ainda enfrentam dificuldades de acesso a meios digitais. As cooperativas podem ser consideradas agentes de democratização aos serviços financeiros.

Em entrevista ao jornal, o coordenador do curso de economia da FGV, Joelson Sampaio, destaca que as cooperativas exerceram um papel relevante na pandemia, fazendo o “dinheiro chegar ao pequeno produtor, empresário, comerciante e empreendedor”.

Ainda segundo o Estadão, outro importante resultado alcançado pelas cooperativas, foi a liderança na concessão de empréstimos, representando 31% do total liberado. Por não terem fins lucrativos, as cooperativas conseguem crédito com baixas taxas de juros, beneficiando principalmente os pequenos negócios, que são os que mais enfrentam desafios ao lidar com os grandes bancos.

Crédito Imagem: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

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