O registro de dinheiro em circulação no Brasil, disponível na plataforma do Banco Central, aponta uma circulação recorde de numerário. Em 2020, circularam R$ 89.755.851.849,92 a mais em comparação ao ano anterior.
A pandemia de COVID-19 estimulou a população a demandar mais o uso do dinheiro em espécie e os pagamentos das parcelas do auxílio emergencial influenciaram para que esta ação ganhasse força.
A sinalização deste movimento pela busca do dinheiro em espécie começou ainda no início de 2020, circunstância que, inclusive, embasou a escolha do período para o lançamento da nota de 200 reais, pelo Banco Central.
A alta na circulação monetária acontece apesar de o país passar por um cenário econômico desfavorável, registrar alto índice de desemprego e ainda a maior taxa de endividamento do consumidor nos últimos 11 anos, dado apresentado em um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Todos esses fatos reforçam que a predileção da população pelo dinheiro em espécie se mantém em alta, por isso, assegurar que cédulas e moedas cheguem a todo o território nacional é tão imprescindível. Reportagem da Folha de S. Paulo revela que a praticidade e pouca bancarização continuam a estimular a circulação de papel moeda no país (Leia mais).
As empresas de transporte de valores tiveram um papel fundamental em garantir à população acesso ao numerário. Durante a pandemia, as empresas não pararam um dia sequer, adotando rígidos protocolos sanitários desde meados de março. Um trabalho essencial para impedir que milhões de brasileiros que não tem acesso aos sistema bancário não fossem excluídos economicamente da sociedade.
Crédito da imagem: Marcello Casal / Agência Brasil